Quatro policiais serão afastados por 180 dias, conforme decisão judicial.
Episódio foi denunciado em 2009 e ficou conhecido como 'Caso Araxá'.
A Justiça determinou o afastamento, por 180 dias, de quatro policiais militares de Campina Grande, envolvidos no "Caso Araxá". Foi aceita nesta quinta-feira (25), o pedido de liminar requerido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), além do recolhimento e suspensão dos portes de armas dos PMs enquanto durar o afastamento das atividades.
O Ministério Público da Paraíba denunciou em setembro de 2009 sete policiais militares, todos do 2º Batalhão da Polícia Militar e integrantes da extinta 'P2' (antigo grupo de inteligência da PM) de Campina Grande, pela suposta prática dos crime de tortura, extorsão, abuso de autoridade, roubo, coação no curso do processo e formação de quadrilha. Os policiais atuavam em Campina e cidades circunvizinhas e o episódio se tornou conhecido como o “Caso Araxá”.
Com a determinação, os policiais podem exercer apenas funções burocráticas na instituição. A decisão em caráter cautelar foi expedida pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Campina e confirmada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.
De acordo com o promotor Romualdo Tadeu, que assinou a denúncia, os policiais militares cometiam diversos delitos sob o argumento de que estavam investigando. “Eles invadiam as casas e torturavam os moradores com armas de fogo, agressões físicas, tentando arrancar confissões. Durante as investigações identificamos diversos casos, especialmente no bairro do Araxá”, relatou o promotor
A decisão de afastamento publicada pelo Tribunal de Justiça ressalta que “todos são policiais militares da ativa, um dos órgãos constitucionalmente responsáveis pela segurança pública, cabendo-lhes atividades de polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, para cujo exercício são-lhes deferidas inúmeras prerrogativas públicas, tais como porte de armas”.
O texto da liminar destaca ainda que, diante dos indícios que levaram à condenação dos
policiais por coação no curso do processo, “é evidente a probabilidade real de que possam
manipular documentos públicos relativos às irregularidades apuradas, bem como na influência sobre possíveis testemunhas na produção da prova testemunhal”.
policiais por coação no curso do processo, “é evidente a probabilidade real de que possam
manipular documentos públicos relativos às irregularidades apuradas, bem como na influência sobre possíveis testemunhas na produção da prova testemunhal”.
Segundo o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Campina Grande, tenente-coronel Souza Neto, “o comando ainda não foi comunicado e irá cumprir qualquer determinação judicial”.
G1 PB
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